O MÉDICO VETERINÁRIO NA BOVINOCULTURA DE LEITE DO ESTADO

Médico Veterinário Tiago Bordin

O médico veterinário constitui alicerce firme de uma atividade leiteira de sucesso. A bovinocultura de leite no Rio Grande do Sul vem se transformando nos últimos 5 anos, contribuindo muito para a economia dos municípios e do nosso Estado. Existem vários fatores, levantados por vários estudiosos com causas desta transformação no setor. O que se percebe, na rotina diária, das propriedades leiteiras engajadas ou não na sustentabilidade e rentabilidade do negócio,assistidas por médicos veterinários é que o custo de produção tem feito com que muitos pecuaristas mudem a forma de ver a atividade. Os insumos utilizados para o plantio do milho para confecção de silagem, pastagens e produção de grãos tiveram um aumento de custo expressivo nos últimos anos. Não dá mais para fazer uma silagem, ou uma pastagem, ou uma colheita de grãos “meia boca”, tudo precisa estar na ponta da caneta, anotado, pesado, medido e analisado. Palavras essas que pouco se escutava do dia-a-dia das propriedades gaúchas. Não podemos generalizar, mas infelizmente contava-se nos dedos quem fazia gestão rural. Este motivo, juntamente com o avanço da idade dos pecuaristas, forçando uma sucessão, ou até mesmo venda do plantel de vacas para outros criadores, se tornando umas das principais causas dessa transformação na pecuária de leite. Assim, fica claro a importância do médico veterinário dentro das propriedades de leite, não só clinicando, mas auxiliando nas tomadas de decisões, sejam elas na produção de volumosos, organização na produção de alimentos e também na gestão do negócio.


IMAGEM1: Aveia para realização de pré-secado.


Estamos iniciando uma nova era do leite, por isso se questionarmos os produtores, ouviremosque não está fácil se manter na atividade nestes últimos anos. Revezes, como crises, desafios, aumento dos custos de produção são fatores que, quando enfrentados e superados, com inteligência e dinamismo fortalecem qualquer negócio.E na pecuária leiteira isso não é diferente. Se avaliarmos dados do último senso do IBGE, podemos perceber que diminuiu o número de vacas ordenhadas, porém a produtividade aumentou. Isso é reflexo da superação, inteligência e do dinamismo dos pecuaristas, que viram oportunidades quando o setor esteve frágil, de enfrentarem os revezes, criando soluções para se tornarem competitivos e lucrativos dentro da atividade leiteira que exige cada vez mais eficiência. O médico veterinário, desempenha papel fundamental, pois é muito questionado sobre qual caminho que a propriedade deve seguir quando ocorre esses tipos de problemas. Cabe a ele, com sabedoria e olhar humanizado sugerir ideias, manejos e condutadas que irão auxiliar os produtores nas tomadas de decisões para enfrentar esses momentos difíceis, o profissional da medicina veterinária não é mais aquele que demorava 4 horas para chegar e salvar uma vaca que estava à beira da morte, o médico veterinário ganhou espaço na atividade leiteira, ele se especializou e não é somente um clinico. O mercado abriu demanda para veterinários especializados em reprodução, nutrição, sanidade, qualidade do leite, produção de forragens, criação de bezerras e gestão da propriedade e pessoas.


IMAGEM 2: Vacas altamente produtivas.


Enfim, estamos iniciando uma nova era na pecuária leiteira gaúcha, com mais visão de mercado consumidor, seja ele interno ou externo, cuidados com a nutrição, reprodução, sanidade e gestão destas propriedades leiteiras. Todos estão mudando, produtores e técnicos, com um único objetivo em mente, produzir leite de qualidade para as mesas dos consumidores, com bem estar para as vacas que produzem e com lucratividade ao produtor que faz o árduo trabalho de sustentar,alimentando, cuidando e ordenhando as vacas.









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